Wednesday 1 August 2012

Sustentabilidade e Cidadania – Um relacionamento insustentável

Olá pessoal, Para brinda-los com mais uma postagem em português decidi tratar de um tema quotidiano e corriqueiro hoje em dia, mas que não e tratado com a devida atenção e respeito que merece. Espero que gostem!

'Sustainability graphic on Performance.gov' photo (c) 2011, photologue_np - license: http://creativecommons.org/licenses/by/2.0/ Em tempos onde sustentabilidade e meio ambiente parecem ter virado uma febre nacional, gerando a falsa crença do bom samaritano, e preciso enfatizar o papel da educação e cidadania na construção de metas sustentáveis.

Não quero aqui soar arrogante ou melhor do que ninguém, mas não posso deixar de registrar minha humilde visão de uma realidade que muitas vezes, no dia a dia não e percebida. Temos visto constantemente na mídia pessoas com um belo discurso sobre como podemos ser sustentáveis, sobre como podemos ajudar o meio ambiente, sobre como sermos mais preocupados com o amanha e bla, bla, bla. Mas será que um cidadão comum, como qualquer outro, ou ate mesmo um estudioso do assunto sabe em seu intimo o que significa a palavra sustentabilidade? E o que dizer da palavra cidadania?

Muitas são as definições, mas me atenho aqui as mais simples que encontrei e que explicam meu parecer. De acordo com o dicionário Michaelis Online, Sustentabilidade e: Qualidade de sustentável, o que nos remete a palavra sustentável: que se pode sustentar. Pois bem, parto agora para a palavra Cidadania, descrita no mesmo dicionário como: qualidade de cidadão, o que nos remete a palavra cidadão, descrita como: Morador de uma cidade. Aquele que está no gozo dos direitos civis e políticos de um Estado.

Tendo dito isto, parto agora a explicar: Qual a relação entre sustentabilidade e Cidadania? A resposta esta na primeira palavra que os define: QUALIDADE. Seria algo impossível agirmos com pensamentos e valores sustentáveis se não conseguimos ao menos sustentar um nível de qualidade para sermos cidadãos. No quotidiano fazemos coisas que passa bem longe da tal qualidade: esbarramos no outro e nem sequer pedirmos desculpas, xingamos o próximo no transito sem nem sequer nos preocupar a quem estamos ofendendo, agimos com preconceito contra o negro, o magro, o gordo, o gay, a mulher, os mais velhos e por ai vai a lista de ‘malvadezas’, e aqui falo especificamente do povo brasileiro.

Passamos a refletir então nossas atitudes perante ao próximo: políticos roubam dinheiro com o consenso dos governantes, puxa-se a perna de um colega de trabalho para galgar-se cargos mais altos, o trabalho duro passa a ser para os fracos. Desrespeitam-se o idoso e o cadeirante, o paralitico, o que não tem dinheiro para comprar o almoço. Desigualdades sociais são vistas com descaso pelas autoridades e com superioridade pelos ascendentes sociais. Então pergunto: onde vamos parar? Onde vamos nos sustentar? Que exemplos daremos as nossas futuras gerações se hoje em dia matar os filhos e comum, o que falar dos filhos que matam os pais que não lhe dão um futuro de qualidade? Onde se sustenta o futuro de qualidade que pensamos e cuspimos a torto e a direito? Onde esta a nossa ética nisso tudo?

Ser sustentável não esta apenas no falar em sustentabilidade, no pensar no meio ambiente, quando apenas falamos da boca pra fora. Já dizia o velho ditado: ‘E fácil falar, difícil e fazer’. Por que a ambição e a ganancia, o despeito e arrogância são mais importantes do que a planta que regamos diariamente no quintal de nossa casa? Como podemos ousar dizer que somos sustentáveis ou cidadãos verdes e conscientes se ainda desrespeitamos o mundo e o próximo como faz-se diariamente.

E ambíguo e duro ver os outros falarem em sustentabilidade se nem sequer estamos preparados para sustentar uma convivência quotidiana, se nem sequer podemos qualificar o nosso ser, se não sabemos lhe dar com o direito e dever que temos. Um cidadão completo não e só aquele que fala que sabe fazer, mas sim aquele que faz, que ajuda, que respeita, que sustenta o próximo assim como gostaria de ser sustentado, nos pilares humanos da sociedade civil por direito. Como podemos então falar em qualidade de ser sustentável, de poder sustentar um futuro melhor, se nem mesmo começamos a viver uma melhoria presente, um futuro hoje. Deixo aqui meu manifesto para que posamos ser mais, que posamos praticar mais a tal sustentabilidade que tanto pregamos.


Por hoje e só meus amigos, que possamos refletir um pouco mais antes de falar e pregar algo que não podemos cumprir. Aquele abraço e ate a próxima postagem!