Não quero aqui soar arrogante ou melhor do que ninguém, mas não posso deixar de registrar minha humilde visão de uma realidade que muitas vezes, no dia a dia não e percebida. Temos visto constantemente na mídia pessoas com um belo discurso sobre como podemos ser sustentáveis, sobre como podemos ajudar o meio ambiente, sobre como sermos mais preocupados com o amanha e bla, bla, bla. Mas será que um cidadão comum, como qualquer outro, ou ate mesmo um estudioso do assunto sabe em seu intimo o que significa a palavra sustentabilidade? E o que dizer da palavra cidadania?
Muitas são as definições, mas me atenho aqui as mais simples que encontrei e que explicam meu parecer. De acordo com o dicionário Michaelis Online, Sustentabilidade e: Qualidade de sustentável, o que nos remete a palavra sustentável: que se pode sustentar. Pois bem, parto agora para a palavra Cidadania, descrita no mesmo dicionário como: qualidade de cidadão, o que nos remete a palavra cidadão, descrita como: Morador de uma cidade. Aquele que está no gozo dos direitos civis e políticos de um Estado.
Tendo dito isto, parto agora a explicar: Qual a relação entre sustentabilidade e Cidadania? A resposta esta na primeira palavra que os define: QUALIDADE. Seria algo impossível agirmos com pensamentos e valores sustentáveis se não conseguimos ao menos sustentar um nível de qualidade para sermos cidadãos. No quotidiano fazemos coisas que passa bem longe da tal qualidade: esbarramos no outro e nem sequer pedirmos desculpas, xingamos o próximo no transito sem nem sequer nos preocupar a quem estamos ofendendo, agimos com preconceito contra o negro, o magro, o gordo, o gay, a mulher, os mais velhos e por ai vai a lista de ‘malvadezas’, e aqui falo especificamente do povo brasileiro.
Passamos a refletir então nossas atitudes perante ao próximo: políticos roubam dinheiro com o consenso dos governantes, puxa-se a perna de um colega de trabalho para galgar-se cargos mais altos, o trabalho duro passa a ser para os fracos. Desrespeitam-se o idoso e o cadeirante, o paralitico, o que não tem dinheiro para comprar o almoço. Desigualdades sociais são vistas com descaso pelas autoridades e com superioridade pelos ascendentes sociais. Então pergunto: onde vamos parar? Onde vamos nos sustentar? Que exemplos daremos as nossas futuras gerações se hoje em dia matar os filhos e comum, o que falar dos filhos que matam os pais que não lhe dão um futuro de qualidade? Onde se sustenta o futuro de qualidade que pensamos e cuspimos a torto e a direito? Onde esta a nossa ética nisso tudo?
Ser sustentável não esta apenas no falar em sustentabilidade, no pensar no meio ambiente, quando apenas falamos da boca pra fora. Já dizia o velho ditado: ‘E fácil falar, difícil e fazer’. Por que a ambição e a ganancia, o despeito e arrogância são mais importantes do que a planta que regamos diariamente no quintal de nossa casa? Como podemos ousar dizer que somos sustentáveis ou cidadãos verdes e conscientes se ainda desrespeitamos o mundo e o próximo como faz-se diariamente.
E ambíguo e duro ver os outros falarem em sustentabilidade se nem sequer estamos preparados para sustentar uma convivência quotidiana, se nem sequer podemos qualificar o nosso ser, se não sabemos lhe dar com o direito e dever que temos. Um cidadão completo não e só aquele que fala que sabe fazer, mas sim aquele que faz, que ajuda, que respeita, que sustenta o próximo assim como gostaria de ser sustentado, nos pilares humanos da sociedade civil por direito. Como podemos então falar em qualidade de ser sustentável, de poder sustentar um futuro melhor, se nem mesmo começamos a viver uma melhoria presente, um futuro hoje. Deixo aqui meu manifesto para que posamos ser mais, que posamos praticar mais a tal sustentabilidade que tanto pregamos.
Por hoje e só meus amigos, que possamos
refletir um pouco mais antes de falar e pregar algo que não podemos cumprir.
Aquele abraço e ate a próxima postagem!
Muito boa tua dissertação. Sustentabilidade sem Cidadania NÃO SE SUSTENTA.Por sua vez, a consciência cidadã não se alicerça em solo pedregoso (naturerza humana corrumpida). O que está destruindo o Planeta Terra, não são as guerras, elas são consequências de uma sociedade incivilizada pautada no TER e não no SER. É preciso que o "ser humano animal", pela educação libertadora e socialmente comprometida, e também pelo bom senso, de fato, TORNE-SE PESSOA. E isto não é fácil, pois nossa sociedade é marcada pelo CONSUMISMO, que simboliza poder. Poder de compra, poder de dominação. Ser consumidor, sem ter educação para o consumo, gera a descartabilidade das coisas que vão agredir o meio ambiente (lixo). Assim como as coisas são tratadas (descartáveis), os seres humanos também descartam seus semelhantes. Só o amor-cuidado-compaixão vai poder salvar a nossa Terra Mater. Mas antes é preciso que o homem se paute em valores humanos universais, o que está cada vez mais díficil em face do RELATIVISMO ABSOLUTO E PRAGMÁTICO do dito "politicamente correto". Ética, Moralidade, Respeito ao próximo, respeito à Família, respeito ao Sagrado, para os TRANSCULTURALISTAS não passam de atitudes politicamente incorretas.Aproveito o ensejo para dizer que os transculturalistas estão dando as cartas no governo dos PTralhas através das ditas ações afirmativas (dessacralizadas e inconstitucionais, pois no mínimo são discriminatórias, como por exemplo a política da racialização recentemente implantada no Brasil pelo desgoverno PTralista.Para eles,a turma do politicamente correto, tudo é válido e permissível na busca da satisfação do ego humano. Não é só o meio ambiente que que está em risco, o homem individualista e não solidário também está cavando sua própria cova, pois não sabe entender como é a teia da vida, onde tudo e todos compõem o UNO. O homem é apenas um tênue fio nessa cadeia (que deve ser sustentável). Entretanto, esse tênue fio deveria ser tambem "um caniço pensante", o que não ocorre, pelo menos no atacado. A mente transculturalista é insustentável, é egocêntrica e despreza os valores morais da tradição judaico-cristã. Mas eles estão no comando ...
ReplyDeleteRepito, teu texto é oportuno. Parabéns.
Assis Pinho (Ecoteólogo - Manaus - AM).
Muito obrigado Francisco pelo seu comentário, acredito que sua questão a respeito da transculturalidade e o jogo de cartas transverso do governo é muito pertinente. Se os próprios governantes que deveriam dar o exemplo a sociedade, fazem o contrario, mostrando que a corrupção e o imoral são o correto, que não é nada antiético quere se dar bem a custa dos outros. Se o pilar da sociedade se constrói em base podre, a construção tende a corromper mais rapidamente.
DeleteEspero que minha dissertação e seu comentário despertem em nossa sociedade a mesma visão que temos, que possam abrir os olhos ao que esta na cara. Agradeço o comentário também muito pertinente mais uma vez.